segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

next time

o tempo passa, mas tudo o que a gente consegue é aperfeiçoar a arte de fingir. todo dia a gente finge que está bem para evitar explicações, para evitar olhares de piedade e de reprovação, porque a gente tem sempre que estar bem. e enquanto a gente finge: que é feliz, que tudo está bem, que aquela conta pra pagar não existe e que o cachorro não comeu mais um sapato, eu vou continuar prometendo pra mim mesma:

"Next time I'll be braver
I'll be my own savior
When the thunder calls for me
Next time I'll be braver
I'll be my own savior
Standing on my own two feet"


2011, querido, você já deu tudo o que tinha que dar, porque simplesmente não abre a droga da porta, pega suas malinhas e se manda daqui?

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Sopro

Uma vez que as palavras são ditas, elas não podem ser retiradas. Um pedido de desculpa não apaga uma discussão. A vida não é um arquivo de Word, onde você pode simplesmente reescrever uma frase se ela não disse aquilo que você queria ou deletar um arquivo que não ficou tão bom assim. A sorte do Word é que o HD tem memória curta, enquanto o ser humano tem uma memória de elefante e altamente seletiva. Faça as coisas certas e as pessoas não notaram, mas faça algo de minimamente errado e tudo vem abaixo como uma pilha de cartas de baralho ao menor sinal de sopro. E a vida é isso, não? Um sopro. Uma vela acesa numa sala cheia de velas, que ao menor sinal de vento se apaga e o que você deixa pra trás? Quem você deixa pra trás? Quem você é?


domingo, 20 de novembro de 2011

Pare de reclamar pelo amor de Deus

E você ai, reclamando da vida e dizendo que está sozinho nesse mundo. Levante a porra do seu rabo dessa cadeira e pare de reclamar agora. Grata.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Geração Y?

Geração Y: a geração que pensa rápido, que ama e deixa de amar mais rápido ainda, a geração que quer tudo pra ontem, porque agora não é o suficiente e amanhã está longe demais. Geração Y...

Geração Y é o caralho. O que eu vejo, quando eu olho pra minha geração, é um monte de gente solitária. Live the world as it is. Aham Cláudia, senta lá. Não posso dizer que somos todos inocentes e não sabíamos que as coisas funcionavam desse modo. A vida inteira fomos cercados por pistas do que crescer significava e de que a procura pelo companheiro-da-vida-toda seria cheia de armadilhas e más impressões.

Um exemplo claro é Sex and The City. O seriado é isso. Não são quatro amigas aproveitando o que tem de melhor e de pior em New York, são quatro amigas se ferrando, menos ou mais, até encontrar o maldito parceiro que vai preencher a porcaria do vazio ou que aprendem a lidar com a solidão da melhor maneira possível.

O ponto aqui é: não interessa se você é a Samantha ou Carrie na sua vida, você vai se ferrar sim, tentando encontrar a porcaria da pessoa, porém a verdadeira questão não vai ser o quanto você vai se ferrar, mas vai ser descobrir, no final de tudo, se você aguenta o tranco até a linha de chegada e se, independente do resultado, você vai estar feliz com isso, porque tudo o que nós queremos é aquele amor do tempo dos nossos avós, daqueles que duram pra sempre até que a morte nos separe.