segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

next time

o tempo passa, mas tudo o que a gente consegue é aperfeiçoar a arte de fingir. todo dia a gente finge que está bem para evitar explicações, para evitar olhares de piedade e de reprovação, porque a gente tem sempre que estar bem. e enquanto a gente finge: que é feliz, que tudo está bem, que aquela conta pra pagar não existe e que o cachorro não comeu mais um sapato, eu vou continuar prometendo pra mim mesma:

"Next time I'll be braver
I'll be my own savior
When the thunder calls for me
Next time I'll be braver
I'll be my own savior
Standing on my own two feet"


2011, querido, você já deu tudo o que tinha que dar, porque simplesmente não abre a droga da porta, pega suas malinhas e se manda daqui?

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Sopro

Uma vez que as palavras são ditas, elas não podem ser retiradas. Um pedido de desculpa não apaga uma discussão. A vida não é um arquivo de Word, onde você pode simplesmente reescrever uma frase se ela não disse aquilo que você queria ou deletar um arquivo que não ficou tão bom assim. A sorte do Word é que o HD tem memória curta, enquanto o ser humano tem uma memória de elefante e altamente seletiva. Faça as coisas certas e as pessoas não notaram, mas faça algo de minimamente errado e tudo vem abaixo como uma pilha de cartas de baralho ao menor sinal de sopro. E a vida é isso, não? Um sopro. Uma vela acesa numa sala cheia de velas, que ao menor sinal de vento se apaga e o que você deixa pra trás? Quem você deixa pra trás? Quem você é?